O mercado da soja retoma a semana registrando pequenas altas na Bolsa de Chicago no pregão desta segunda-feira (18). Perto de 7h50 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 4,50 e 7,75 pontos nos principais vencimentos, levando o maio a US$ 16,88 e o agosto sendo cotado a US$ 16,30 por bushel.

Os preços sobem e continuam acompanhando os fundamentos ainda bastante positivos para a oleaginosa, incluindo a oferta muito ajustada e a demanda, apesar de estar um pouco mais contida, se mantém presente. O ponto de atenção ainda é o novo surto de Covid na China, um dos piores momentos desde o início da pandemia.

Na última semana, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de soja para a China e a NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA) informou os dados de esmagamento do país com números fortes.

O clima nos EUA para a safra 2022/23 também é monitorado muito de perto pelo mercado em Chicago.

“O clima no Meio-Oeste americano continuou seco durante todo o final de semana, o que implica possivelmente em atraso do plantio de primavera e traz mais problemas ao trigo de inverno”, explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.

A guerra, ao lado dos fundamentos, também permanece no radar dos traders.

“Temos que considerar os novos ataques russos à Ucrânia, após quase duas semanas de silêncio e a sinalização que os russos vão continuar com a guerra, principalmente, agora com nova ajuda do governo americano, enviando US$ 800 milhões em armamento, etc. Também vimos que a Alemanha vai enviar 1 bilhão de euros para ajudar a Ucrânia e isso, para o Putin, foi uma provocação”, afirma Sousa. “Com a guerra, o plantio ucraniano tende a reduzir a cada dia que passa, o que cria a sensação que vai faltar alimentos no planeta”.

Fonte: Notícias Agrícolas