No início da tarde desta sexta-feira (6), o mercado da soja intensificou suas altas na Bolsa de Chicago, indo na contramão do dólar, que cai de forma considerável não só frente ao real, mas também o dólar index frente a uma cesta de outras moedas. Além da influência do câmbio, os futuros da oleaginosa ainda encontram espaço para uma recuperação depois das baixas de ontem e frente a seus fundamentos.

Por volta de 12h30 (horário de Brasília), as cotações subiam de 18,75 a 27 pontos – com as altas mais fortes nos contratos mais próximos – trazendo o janeiro aos US$ 14,93 e o maio a US$ 14,96 por bushel.

“Tivemos a divulgação dos dados do mercado de trabalho nos EUA que sinalizam um arrefecimento desse setor, o que sugere que o Fed poderá começar a reduzir a taxa de juros ainda no final deste ano. Esse sentimento traz apetite ao risco ao redor do globo, com bolsas e commodities em alta, enquanto a moeda americana se deprecia”, explica a equipe da Agrinvest Commodities.

Enquanto as altas da soja superavam os 20 pontos na CBOT ou enquanto o petróleo subia quase 2% em Nova York no WTI, o dólar index caía 0,7% para 104,150 pontos.

Além do dólar, os olhos dos traders também permanecem sobre o cenário climático da América do Sul. Os mapas climáticos continuam mostrando condições de tempo muito quente seco na Argentina, o que continua tirando potencial produtivo da safra de soja em andamento no país.

No Sul do Brasil, os modelos apontam para precipitações consideráveis, em volumes substanciais e importantes para a produção deverão vir apenas na segunda quinzena de janeiro.

Também nesta sexta, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de soja para destinos não revelados de 132 mil toneladas, o que também ajuda no suporte.

Fonte: Notícias Agrícolas