O mercado da soja passou, mais uma vez, para o lado negativo da tabela na Bolsa de Chicago na tarde desta quinta-feira (16). Mais cedo, os preços testaram leves ganhos, mas voltaram a perder força e, por volta de 14h (horário de Brasília), cediam entre 1 e 4 pontos nas posições mais negociadas, levando o maio a US$ 14,88 e o julho a US$ 14,73 por bushel.

O momento é, como explicam analistas e consultores de mercado, de uma combinação de fatores técnicos e fundamentais que pressionam as cotações neste momento, como explicam analistas e consultores de mercado. Mais cedo, as cotações chegaram a cair mais de 10 pontos.

Há ainda muita apreensão diante das notícias dos últimos dias e as que continuam chegando sobre o sistema bancário, principalmente dos EUA. Ao mesmo tempo, as informações preocupantes também sobre o sistema bancário europeu, com problemas sendo reportados pelo Credit Suisse – o maior banco da Suíça – pesam e deixam o financeiro ainda mais nervoso.

Assim, permanecem no horizonte os desdobramentos desta nova crise financeira, bem como a conclusão da safra da América do Sul, o comportamento da demanda e as primeiras projeções para a nova safra dos Estados Unidos.

E nesta quinta, as vendas semanais para exportação dos EUA vieram tímidas, mas dentro da média, de acordo com o boletim divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura do Estados Unidos) nesta quinta.

Na semana encerrada em 9 de março, as vendas de soja 2022/23 dos EUA foram de 665 mil toneladas, com a China como principal destino. O mercado esperava algo entre 50 mil e 700 mil toneladas. Em toda temporada, o total da oleaginosa já comprometida pelo país chega a 49,334,9 milhões de toneladas de um total estimado pelo USDA de 54,84 milhões. O montante, porém, é 8% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado.

Da safra 2023/24, as vendas foram de 66,1 mil toneladas.

Fonte: Notícias Agrícolas