O mercado da soja continua subindo na Bolsa de Chicago e intensifica seus ganhos no pregão desta terça-feira (20). As cotações subiam de 20 a 22 pontos nos principais vencimentos, por volta de 12h05 (horário de Brasília), com o janeiro valendo US$ 14,83, o maio US$ 14,88 e o julho US$ 14,90 por bushel. Não subiam só os indicativos do grão, mas também farelo e óleo, com ganhos de mais de 1,5% em ambos os casos e também servindo de combustível à soja.

“Os futuros de soja e milho estão mais fortes hoje, com os players analisando a fundo as previsões climáticas para a América do Sul, sem indicações de chuvas nos volumes necessários, em especial para a Argentina e região Sul do Brasil. O mercado também segue atento à guerra na Ucrânia e também a situação da Covid na China”, explica o diretor geral do Grupo Labhoro, Ginaldo Sousa.

Ainda sobre a China e os desdobramentos do relaxamento ao controle do Covid-19, os traders estão ainda atentos ao comportamento das commodities agrícolas no mercado futuro chinês, na Bolsa de Dalian, onde as cotações recuaram nesta terça.

“Neste mês, o óleo de soja acumula queda de quase 5% e o óleo de palma quase 9%. Os estoques de óleo de palma na China passaram de 1 milhão de toneladas pela primeira vez desde que a estatística começou a ser levantada em 2007”, explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities.

Além dos fundamentos – com focos maiores sobre clima na Argentina e Covid na China – as atenções também estão sobre o macrocenário e a baixa forte do dólar frente ao real. Na tarde desta terça-feira, a moeda americana tinha perda de 1,79% e era negociada a R$ 5,21.

Também como explicam analistas e consultores de mercado, a desvalorização do dólar também dá espaço aos ganhos da soja em Chicago, uma vez que deixa o produto norte-americano ainda mais atrativo em detrimento do brasileiro.

Fonte: Notícias Agrícolas