Altas do farelo – com atenção aos EUA e à greves na Argentina – e clima nos EUA também estão em foco

Os preços da soja deixaram as baixas de lado e voltaram a subir forte na Bolsa de Chicago nesta tarde de segunda-feira (6). As cotações subiam, por volta de 12h30 (horário de Brasília), subiam de 15,75 a 23,25 pontnos, com o maio sendo cotado a US$ 12,25 e o julho, US$ 12,35 por bushel. Os futuros do grão – ao subirem mais de 1% nesta primeira sessão da semana – acompanham uma nova disparada do farelo, que sobe mais de 2% entre os contratos mais negociados. O contrato julho tinha 2,3% de alta, para US$ 380,60 por tonelada curta.

Analistas e consultores de mercado afirmam que há ainda uma combinação de fatores que favorece as altas na soja, entre elas as greves na Argentina, as altas do farelo também na Bolsa de Dalian, além dos impactos das chuvas no Rio Grande do Sul.

“A soja dá contuinuidade às altas recentes em Chicago, com suporte no mercado de farelo de soja e no clima no sul do Brasil. Com dólar estável, os preços no Brasil têm melhora expressiva nesta abertura da semana”, afirma o time da Pátria Agronegócios.

As chuvas deram um breve alívio aos gaúchos neste início de semana, porém, ainda é difícil mensurar o impacto real das tempestades e cheias para a safra de soja do Rio Grande do Sul. Há muitas áreas ainda com suas lavouras debaixo d’água.

“A perda, a priori, poderia ser de 4 a 5 milhões de toneladas, mas como para parte disso imaginamos que o tempo ainda permita que se colha, dessas 4 a 5 milhões de toneladas, talvez se perca efetivamente de 1,5 a 2,5 milhões de toneladas, o que vai fazer com que a projeção que era de 20 a 22 milhões de toneladas, na concepção da Aprosoja, nós tenhamos algo apenas em torno de 20 milhões. Isso ainda é perspectiva, vai depender muito do tempo daqui para frente”, explicou o presidente da Aprosoja RS e Senador da República, Ireneu Orth.

Além do Rio Grande do Sul, o farelo é outro ponto de atenção. E para este mercado, como explica o  analista de mercado da Agrinvest Commodities, Eduardo Vanin, dois pontos exigem maior atenção agora, entre eles as greves na Argentina e os dados da NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas dos EUA). “Falando dos EUA, o comentário geral é de margens ruins e parada para a manutenção antes do normal, o que reduzirá a oferta de farelo”.

Fonte: Notícias Agrícolas

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