Os preços do suíno vivo têm tido comportamentos distintos no mercado independente neste começo de março. Segundo pesquisadores do Cepea, os valores vêm sendo influenciados por diferentes condições locais de oferta e de demanda. Nas praças em que o volume de suínos represados está menor, as cotações reagiram, impulsionadas também pela melhora na procura por animais neste início de mês. Por outro lado, em regiões em que a oferta está ligeiramente acima da demanda, os preços seguiram em queda. No atacado, as movimentações dos cortes suínos também variaram dependendo do produto, devido às diferentes condições de estoques e demanda.

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 123,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 9,50/kg.

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (6), houve tímida queda somente em Santa Catarina, na ordem de 0,17%, chegando a R$ 5,85/kg. Os preços não mudaram em Minas Gerais (R$ 6,49/kg), Paraná (R$ 6,08/kg), Rio Grande do Sul (R$ 5,99/kg), e São Paulo (R$ 6,54/kg).

Em São Paulo o preço teve alta, passando de R$ 6,77/kg vivo para R$ 6,93/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

“Há uma redução na oferta de animais vivos dentro dos Estados com maior produção, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, influenciando também o mercado paulista. Outro motivo é a melhora no mercado atacadista e varejista, apesar da disputa no preço da carcaça. Para o mercado externo, a perspectiva de exportações para o México deixa o mercado mais aquecido”, disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.

No mercado mineiro, o valor teve elevação, saindo de R$ 6,60/kg vivo para R$ 6,80/kg vivo, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

“Mercado em alta, funcionando conforme previsto e antecipado lá no piso da baixa. O entendimento dos mecanismos do ‘mercado soberano’ colabora positivamente com as decisões dos suinocultores”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal aumentou, passando de em R$ 6,14/kg vivo para R$ 6,21/kg vivo nesta semana.

“Houve uma leve recuperação nos preços comparado à semana passada. Menos suínos comercializados e também com peso mais leve. Isso mostra que os produtores diminuíram a produção após anos de aumento, e também tem a perspectiva de exportação para o mercado do México, o que a gente espera que traga uma tendência mais positiva para o mercado na próxima semana.”, destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.

No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 29/02/2024 a 06/03/2024), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 3,61%, fechando a semana em R$ 6,39/kg vivo.

Fonte: Cepea e Notícias Agrícolas

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