Os preços médios da carne suína no atacado da Grande São Paulo subiram comparando-se a primeira quinzena de abril com o mês anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso veio do típico aquecimento da demanda interna no período de recebimento de salários. Já para as proteínas concorrentes (bovina e de frango), o movimento foi de queda em igual comparativo. Como resultado, levantamento do Cepea apontou redução na competitividade da carne suína frente às substitutas. Ressalta-se, contudo, que, neste começo de segunda quinzena, as vendas da proteína suína vêm diminuindo, enfraquecendo os valores.

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 123,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 9,40/kg.

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (17), houve tímida alta de 0,16% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,38/kg, e ligeira queda de 0,15% em São Paulo, atigindo R$ 6,63/kg. Os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 6,16/kg), Rio Grande do Sul (R$ 6,12/kg), e Santa Catarina (R$ 5,91/kg).

Suinocultura independente: preços do animal ‘derretem’ de forma generalizada nesta quinta-feira (18)

Nesta quinta-feira (18) as principais praças que comercializam suínos no mercado independente registraram quedas nos preços dos animais. Lideranças apontam a preocupação do rompimento do piso de preços, comparado com a estagnação dos principais insumos utilizados na alimentação dos animais.

Em São Paulo o preço caiu, passando de R$ 6,83/kg vivo para R$ 6,40/kg, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

“A razão da queda é motivada pelobaixo consumo na ponta do atacado e varejo. Há uma disputa ferrenha entre o mercado varejista e os frigoríficos. Como existe uma oferta acentuada de animais vivos e abatidos, provoca-se uma disputa forte no mercado, e prevalece a lei da oferta e demanda. Infelizmente o suinocultor paulista passa a perder a lucratividade mais uma vez ao atingir este patamar de preço de venda”, disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.

No mercado mineiro, houve queda, passando de R$ 6,60/kg vivo para R$ 6,20/kg vivo, sem acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

“O mercado perdeu o suporte/piso que vigorou em 2023 e 2024. Ruma para o valor  histórico que é de R$ 6,00 até que as expectativas se revertam”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal caiu, saindo de R$ 6,30/kg vivo para R$ 5,95/kg vivo.

“O preço do suíno está derretendo em todo o país. Não dá para entender, porque tem menos suíno no mercado e o preço derretendo desse jeito. É preocupante a situação, porque o preço do suíno está caindo e o milho e a soja estão estagnados”, destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.

No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 11/04/2024 a 17/04/2024), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 0,32%, fechando a semana em R$ 5,78/kg vivo.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 6,21/kg vivo”, informa o reporte do Lapesui.

Fonte: Cepea e Notícias Agrícolas

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