O poder de compra de suinocultores paulistas vem caindo frente ao milho, mas aumentando sobre o farelo de soja, em janeiro – os dois produtos são os principais insumos utilizados na atividade suinícola. Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto os preços do suíno vivo acumulam expressiva queda no mercado independente, as cotações do milho se sustentam no balanço do mês, embora tenham perdido força nos últimos dias. O farelo, por sua vez, tem se desvalorizado ainda mais que o animal vivo na parcial de janeiro, o que explica a melhora na situação do suinocultor paulista. No caso do suíno, a pressão vem da oferta elevada e da demanda final enfraquecida, contexto que afastou frigoríficos da aquisição de lotes de animais – em alguns casos, unidades chegaram a cancelar carregamentos de cargas, conforme relatam colaboradores consultados pelo Cepea.

A quinta-feira (25) foi de cotações estáveis para o setor. Após quedas importantes ocorrendo desde o início da semana, nesta quinta-feira (25) as cotações no mercado de suínos encerraram o dia em campo misto, mas com a estabilidade predominando.

Em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, o preço médio da arroba do suíno CIF ficou estável, custando, em média, R$ 116,00, assim como a carcaça especial, com valor de R$ 8,90/kg.

Conforme informações do Cepea/Esalq sobre o Indicador do Suíno Vivo, referentes à quarta-feira (24), houve leve alta de 0,16% em Minas Gerais, chegando a R$ 6,28/kg, e recuo de 0,48% em São Paulo, atingindo R$ 6,18/kg. Os preços ficaram estáveis no Paraná (R$ 5,94/kg), Rio Grande do Sul (R$ 5,85/kg), e Santa Catarina (R$ 5,66/kg).

Para a Suinocultura Independente: estabilidade ou queda marcam esta quinta-feira (25)

De acordo com lideranças, preços podem ter chegado ao piso neste mês de janeiro

Desde o início do mês com quedas expressivas, o mercado da suinocultura independente parece ter amenizado as perdas nesta quinta-feira (25). De acordo com lideranças, praças que registraram estabilidade foi uma tentativa de estancar as perdas, ou a aparente chegada a um piso de preços neste mês de janeiro.

Em São Paulo o preço ficou estável em R$ 6,40/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

“Houve um acordo entre as partes na possibilidade de fazer uma manutenção de preços. Houve este compromisso por parte dos criadores de não vender abaixo dos preços e dos frigoríficos não venderem abaixo dos preços da carcaça. É uma tentativa de estancar as quedas que vêm ocorrendo desde o começo de janeiro”, disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira.

No mercado mineiro, o valor passou de R$ 6,70/kg vivo para R$ 6,30/kg vivo, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Apesar da aparente queda, como nas últimas semanas a Bolsa estava operando sem acordo, com valor sugerido de R$ 6,70/kg, o preço real praticado pelos suinocultores era de R$ 6,30/kg, caracterizando estabilidade.

“O mercado encontrou o piso e isso traz consigo uma consequente melhora nos preços. Expectativas são poderosas e quando favoráveis fazem automaticamente aumentar a demanda e reduzir a oferta”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve queda, saindo de R$ 6,03/kg vivo para R$ 5,85/kg vivo nesta semana.

“As demais Bolsas mantiveram, mas SC estava com um preço um pouco mais fora da realidade em função dos contratos que os produtores tinham e estavam realizando, e agora está voltando o preço à realidade. Apesar de não termos suínos pesados no mercado, vemos as indústrias baixando também os preços no mercado, que é a síndrome de janeiro, que depende do escoamento dos estoques de fim de ano”, destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.

Fonte: Cepea e Notícias Agrícolas

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