Menor oferta de animais terminados para abate vem ditando o ritmo dos reajustes positivos nos Estados que comercializam o animal na modalidade independente

Nesta quinta-feira (6), as principais bolsas que comercializam suínos de forma independente registraram novos aumentos nos preços, fenômeno que foi visto desde o final de junho. Lideranças do setor apontam para a menor disponibilidade de animais terminados para abate e uma maior procura pelo consumidor, seja pelas temperaturas mais baixas, ou pela entrada da massa salarial.

Em São Paulo, o preço passou de R$ 6,51/kg vivo para R$ 7,00/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

“O preço, na verdade, está sendo corrigido por vários fatores. Um deles é que não houve nenhum tipo de cancelamento nesta semana, o preço fluiu muito bem do preço da semana passada para essa, inclusive valores acima do que foi fechado em bolsa sendo praticados na semana anterior. Os frigoríficos também tiveram reajuste favorável na semana passada, e estão com esperança de novos preços para a carcaça para a semana que vem, em torno de R$ 10,20 a R$ 10,40 o quilo. Sobre o varejo, há uma restrição de animais prontos para abate e demanda motivada pela frente fria, entrada da massa salarial e adequação do consumidor à proteína suinícola”, afirmou o presidente da entidade, Valdomiro Ferreira.

No mercado mineiro houve alta, passando de R$ 6,80/kg para R$ 7,30/kg vivo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

“O mercado de suínos vivos é firme com procura ativa dos frigoríficos em todas as praças formadoras de preço do Brasil”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve leve alta, saindo de R$ 6,05/kg vivo para R$ 6,25/kg vivo nesta semana.

“É a terceira semana de alta nas Bolsas do Brasil. Estamos mais otimistas, mas os preços dos grãos que haviam caído o preço, tanto o milho quanto o farelo, aos poucos começam a subir. Então ainda existe uma preocupação com o setor, já que há um buraco a ser tapado que é a relação do prejuízo que se acumulou. Acredito que esses preços vão se sustentar porque não tem mais tanto animal no mercado. Há uma procura grande por parte da agroindústria.

No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 29/06/2023 a 05/07/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 3,77%, fechando a semana em R$ 5,46/kg vivo.

“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 5,76/kg vivo”, informa o reporte do Lapesui.

Fonte: Notícias Agrícolas com adaptações Suino.com