A safra de soja do Brasil deve avançar na temporada 2019/20 em relação ao ano anterior, enquanto a de milho tende a permanecer estável ante 2018/19, estimou nesta terça-feira o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).

De acordo com as projeções do órgão, a produção de soja pelo país será de 123 milhões de toneladas em 2019/10, mesmo nível indicado na estimativa de maio, enquanto são vistos 117 milhões de toneladas para a safra 2018/19. [nL2N22M11O]Já a produção de milho deverá atingir 101 milhões de toneladas em 2019/20, estável ante a previsão de maio e à estimativa para a temporada 2018/19.

Para CNA, não há motivos para inclusão do Brasil na lista curta da OIT

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que não há motivos técnicos e jurídicos que justifiquem a inclusão do Brasil na lista curta da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e que essa decisão trará impactos negativos ao setor agropecuário.

A Organização anunciou nesta terça (11), em Genebra (Suíça), a inclusão do Brasil em uma relação de 24 países que ficarão no foco da análise da organização por conta da Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017), durante a 108ª Conferência Internacional do Trabalho. A justificativa da organização é de suposto descumprimento da Convenção 98, da qual o país é signatário.

“A CNA entende que não há qualquer afronta à Convenção nº 98, muito pelo contrário, a reforma trabalhista prestigiou as negociações coletivas, nos moldes previstos na Constituição Federal, bem como em total sintonia com o previsto no artigo 4º da referida Convenção”, afirmou o chefe da Assessoria Jurídica da CNA, Rudy Ferraz, que participa da Conferência em Genebra.

Segundo Ferraz, a inclusão na lista afasta investidores e prejudica a imagem do Brasil no exterior, o que traz um impacto negativo ao setor rural.

“A CNA trabalhará juntamente com o governo brasileiro para que o Brasil não sofra sanções maiores que a própria inclusão na lista curta, buscando o reconhecimento da legitimidade e o benefício que a reforma trabalhista traz ao cenário econômico brasileiro sem prejuízos aos trabalhadores”, afirmou Ferraz.

Fonte: CNA