Ao contrário do esperado por agentes do setor, as vendas de carne suína se aqueceram na última semana de janeiro – geralmente, o encerramento do mês é marcado por baixa liquidez e pelo consequente recuo nos preços. No fim de janeiro, agentes relataram diminuição na disponibilidade de suínos vivos prontos para abate. Esse cenário elevou os preços do animal nos últimos dias do mês em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Apesar disso, as quedas nos valores do vivo registradas entre o início e meados do mês fizeram com que a média de janeiro/23 ficasse inferior à registrada em dezembro/22, mas superior à de janeiro do ano passado, em termos nominais.

Levantamento do Cepea mostra que, na média de janeiro, o preço do suíno posto na indústria da região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) recuou 8,4% frente a dezembro/22, mas subiu 26% frente ao de janeiro/22, em termos nominais, negociado a R$ 6,96/kg. Na Grande Belo Horizonte (MG), o animal vivo se desvalorizou 6,5% no comparativo mensal, mas se valorizou expressivos 29,4% no anual, em termos nominais, para a média de R$ 7,17/kg em janeiro. Na região do Norte do Paraná (PR), a média de janeiro foi de R$ 6,67/kg, baixa de 8,3% na comparação mensal, mas alta de significativos 30,5% na anual.

No mercado da carne, diante da demanda enfraquecida por parte dos varejistas e atacadistas, a carcaça especial suína se desvalorizou 9,2% em janeiro frente a dezembro/22, comercializada à média de R$ 9,87/kg no último mês, avanço de 23,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Fonte: Cepea