A volatilidade continua muito presente no mercado da soja e os preços voltam a recuar de forma considerável nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago. Perto de 11h40 (horário de Brasília), a commodity recuava entre 13,50 e 13,75 pontos, com o novembro valendo US$ 14,65 e o março, US$ 14,72 por bushel, deixando de lado a estabilidade com a qual, mais uma vez, deu início aos negócios.

Os traders continuam dividindo suas atenções entre fundamentos e o comportamento do financeiro, por isso vêm testando os dois lados da tabela, caminhando de forma lateral, buscando redefinir seu direcionamento. Ontem, as cotações subiram forte puxadas pelo trigo, que encerrou o dia com mais de 7% de alta diante das preocupações – além dos fundamentos – com a situação se agravando entre a Rússia e a Ucrânia.

Já nesta quarta, o mercado do cereal também se mostra muito volátil, tendo testando altas e baixas, voltando ao território negativo, realizando parte dos lucros da sessão anterior. Assim, próximo de 11h45 (horário de Brasília), os preços cediam entre 5,25 e 6,50 pontos, com o dezembro sendo cotado a US$ 8,88 e o março, US$ 9,02.

O suporte aos preços, no entanto, continua. Afinal, nesta quarta o presidente Vladimir Putin informou sobre uma mobilização de mais tropas para o conflito com a Ucrânia e ainda acusou o Ocidente de “chantagem nuclear”.

Também recuavam nesta quarta os futuros do milho, do farelo e do óleo de soja, mercados que também já operaram com boas altas na sessão de hoje na CBOT. Afinal, os mercados hoje também se mostram muito ansiosos – e até avessos ao risco – na espera pelas divulgações do Federal Reserve sobre as taxas de juros nos EUA, que deverão ser elevadas diante do caminho difícil que tenho feito a economia norte-americana, com índices muito elevados de inflação.

Do lado dos fundamentos, a atenção permanece sobre o clima. De um lado, as condições para o andamento da colheita e na América do Sul para o avanço do plantio da safra 2022/23. No Brasil, os trabalhos de campo começam bem, com condições de clima que favorecem este momento inicial da nova temporada. As preocupações maiores se dão com o final do ano e início de 2023, diante da possibilidade de chuvas abaixo da média e até a chance de um veranico no sul do país.

Por enquanto, o último dia de inverno será marcado por muita instabilidade e chuva no Centro-Sul do Brasil. Segundo as previsões mais recentes da Climatempo, a circulação dos ventos ainda mantém muitas nuvens carregadas pelo Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. A consultoria alerta para temporais no Mato Grosso do Sul, São Paulo e no Paraná nesta quarta-feira (21).

Fonte: Notícias Agrícolas