Investimento na alimentação dos animais continuou puxando a alta para o mês de fevereiro, ainda que tenha sido menos forte do que em janeiro

Conforme informações da Embrapa Suínos e Aves, os custos de produção para as áreas de suínos e frangos de corte fecharam o mês de fevereiro deste ano em alta, principalmente influenciados pelo custo com a nutrição dos animais. Ari Jarbas Sandi, analista da área de socioeconomia da Embrapa Suínos e Aves, pontua que o preço do farelo de soja não cresceu tanto quanto o do milho em fevereiro, o que motiva o avanço mais morno em fevereiro, no comparativo com janeiro.

No caso das aves de corte, em janeiro, o Índice de Custos de Produção de Frango (ICPFrango) fechou em 439,20, aumento de 3,04% em relação a janeiro de 2022. Ao estender a comparação até fevereiro do ano passado, o aumento do índice foi de 16,02%.

A alimentação dos frangos passou a representar na cesta de custos de produção a fatia de 76,69%, aumentando 2,82% no comparativo com janeiro deste ano e 10,65% no acumulado de 12 meses. Houve aumento também nos custos com pintinhos de um dia, na ordem de 0,07% em relação a janeiro e de 2,86 entre fevereiro de 2021 e fevereiro deste ano.

No Paraná, Estado brasileiro que lidera a produção de frango, o custo para produzir 1kg da ave fechou fevereiro em R$ 5,68, sendo que R$ 4,35 representam gastos com a alimentação das aves. Em fevereiro de 2021, o custo total no Paraná era de R$ 4,89 por quilo da ave, com R$ 3,80/kg investidos na nutrição dos bichos. Ao aproximar a comparação entre fevereiro e o mês anterior, o custo total para produzir 1kg de frango no Paraná, passou de 5,51 para R$ 5,68, uma alta de 3,08%; no caso da alimentação, passou de R$ 4,20/kg em janeiro para R$ 4,35/kg em fevereiro de 2022, avanço de 3,57%.

Já em relação à suinocultura, o Índice de Custos de Produção de Suínos (ICPSuíno) encerrou fevereiro em 437,07, aumento de 2,19% em relação a janeiro. Ao estender a comparação até fevereiro do ano passado, o aumento do índice foi de 11,08%.

A a nutrição dos suínos passou a representar na cesta de custos de produção a porcentagem de 82,95%, aumentando 2,73% no comparativo com janeiro deste ano e 10,22% no acumulado de 12 meses.

Tomando por exemplo Santa Catarina, top no ranking de produção de suínos no país, o custo para produzir 1kg de suíno fechou janeiro em R$ 7,64, sendo que R$ 6,34 representam gastos com a alimentação dos animais. Em fevereiro de 2021, o custo total em Santa Catarina era de R$ 6,88 por quilo de suíno, com R$ 5,65/kg investidos na nutrição dos bichos. Ao aproximar a comparação entre fevereiro e janeiro deste ano, o custo total para produzir 1kg de suíno em Santa Catarina, passou de 7,48 para R$ 7,64, uma alta de 2,13%; no caso da alimentação, passou de R$ 6,13/kg em janeiro para R$ 6,34/kg em fevereiro de 2022, avanço de 3,42%.

Fonte: Notícias Agrícolas