CBOT sentiu avanço da colheita nos EUA e também recuou

A terça-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações recuaram até 2% e flutuaram na faixa entre R$ 59,20 e R$ 66,68.

O vencimento novembro/23 foi cotado à R$ 59,20 com queda de 1,14%, o janeiro/24 valeu R$ 62,71 com desvalorização de 2,00%, o março/24 foi negociado por R$ 66,68 com queda de 1,94% e o maio/24 teve valor de R$ 66,43 com perda de 1,79%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os preços do milho na B3 recuaram com o mercado acompanhando a desvalorização do dólar ante ao real nesta terça-feira, além da perda de posições na Bolsa de Chicago (CBOT).

“A B3 acaba ficando com um olho no porto e o outro na demanda interna. O porto recuou, em média, entre R$ 1,00 e R$ 1,500 em relação à ontem e por isso que o mercado da B3 teve esteve em queda”, explica Brandalizze.

A consultoria Agrinvest também destacou o papel da queda do dólar, B3 e Chicago refletindo na redução dos prêmios do milho nos portos brasileiros, o que também repercutiu em pressão de queda no mercado físico.

“Com isso, os produtores se afastaram novamente do mercado, pois seguem focados no plantio da soja, assim como nos rumores de redução na produção de milho safra de verão e safrinha 2024. Contudo, é necessário reforçar que, diante de uma oferta abundante de milho na temporada 22/23 e uma desaceleração no ritmo de embarques nestes últimos dias nos protos do Arco Norte e aumento do wainting time nos portos de Paranguá e Santos, os estoques internos podem se prolongar por mais tempo, criando um limitante importante para a alta dos preços”, detalha a consultoria.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um segundo dia da semana de altos e baixos. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Castro/PR, Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT. Já as desvalorizações apareceram nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Sorriso/MT, Brasília/DF e Eldorado/MS.

Mercado Externo 

Os preços internacionais do milho futuro também tiveram uma terça-feira de movimentações em campo negativo na Bolsa de Chicago (CBOT).

O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,84 com desvalorização de 6,25 pontos, o março/24 valeu US$ 4,98 com perda de 6,00 pontos, o maio/24 foi negociado por US$ 5,06 com queda de 6,00 pontos e o julho/24 teve valor de US$ 5,11 com baixa de 5,50 pontos.

Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (23), de 1,22% para o dezembro/23, de 1,19% para o março/24, de 1,17% para o maio/24 e de 1,16% para o julho/24.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sofreram um revés técnico moderado que se deveu em parte ao progresso da colheita que está a reabastecer rapidamente os estoques internos.

“O potencial para uma produção brasileira recorde nesta temporada também ainda está em jogo”, acrescentou a publicação.

A colheita de milho passou de 45% concluída há uma semana para 59% no domingo, refletindo as expectativas dos analistas. Isto coloca o trabalho deste ano em pé de igualdade com o ritmo de 2022 e moderadamente à frente da média dos últimos cinco anos de 54%.

Fonte: Notícias Agrícolas

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