Chicago recua com fraca demanda nos EUA

A quarta-feira (19) chega ao final com os preços futuros do milho se movimentando pouco na Bolsa Brasileira (B3), mas mantendo a maior parte dos contratos em campo positivo. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 87,30 e R$ 95,40.

O vencimento novembro/22 foi cotado à R$ 87,30 com elevação de 0,43%, o janeiro/23 valeu R$ 92,15 com alta de 0,15%, o março/23 foi negociado por R$ 95,40 com ganho de 0,21% e o maio/23 teve valor de R$ 94,03 com perda de 0,14%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro mostra estabilidade atrelada à exportação, com os portos ainda sendo compradores.

“Os indicadores nos portos recuaram R$ 1,00 de ontem para hoje, mas ainda dá boas posições entre R$ 89,00 e R4 93,00 o milho de novembro até janeiro”, aponta.

Brandalizze ainda faz um alerta para a possibilidade de diminuição na demanda interna de milho a partir do dia 10 de dezembro. “A maioria das indústrias de ração, sabendo que a safra de verão está andando bem e já no meio de janeiro teremos os primeiros milhos ofertados, não vão atuar para formar grandes estoques”.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também se movimentou pouco nesta quarta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas no Porto de Santos/SP. Já as valorizações foram identificadas somente nas praças de Pato Branco/PR e Brasília/DF.

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “no mercado físico do milho o aumento no fluxo de negócios para a exportação fez com que o cereal avançasse para a média de R$ 85,50/sc em Campinas/SP”.

Mercado Externo

Já a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou as atividades desta quarta-feira contabilizando movimentações baixistas para os preços internacionais do milho futuro.

O vencimento dezembro/22 foi cotado à US$ 6,78 com desvalorização de 2,75 pontos, o março/23 valeu US$ 6,84 com perda de 2,50 pontos, o maio/23 foi negociado por US$ 6,85 com baixa de 2,75 pontos e o julho/23 teve valor de US$ 6,79 com queda de 2,25 pontos.

Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última terça-feira (18), de 0,44% para o dezembro/22, de 0,44% para o março/23, de 0,29% para o maio/23 e de 0,29% para o julho/23.

Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho dos Estados Unidos caíram nesta quarta-feira, com a fraca demanda no mercado de exportação pesando sobre os preços.

“O rio Mississippi está baixo devido às condições secas observadas na maioria das partes centrais dos Estados Unidos e não há previsões de melhora em breve. Isso reduz o tráfego de barcaças”, comenta o vice-presidente do Price Futures Group, Jack Scoville.

Ele ainda acrescenta que, a demanda precisará continuar a ser observada, pois a demanda de milho precisa se manter que as estimativas de estoques finais mais baixas permaneçam em jogo.

“Há preocupações crescentes com a demanda com os problemas econômicos chineses causados pelos bloqueios, criando a possibilidade de menos demanda, já que a América do Sul tem colheitas muito melhores este ano para competir com os EUA pelas vendas. A demanda de exportação em geral tem sido lenta até agora este ano”, diz Scoville.

Fonte: Notícias Agrícolas