De acordo com análise do banco, os principais drivers deste novo ciclo serão sustentabilidade, tendências de consumo, políticas de governo e novas estruturas na cadeia produtiva

Segundo análise divulgada na terça-feira (6) pelo Rabobank, um novo ciclo da suinocultura na China iniciou na metade deste ano de 2022, quando o preço dos suínos emergiram de um período que durou cerca de um ano e que causou grandes perdas à indústria local. Ainda segundo os analistas do banco, este novo ciclo deve se caracterizar por ser mais curto, ter uma vigilância maior por parte do governo, e preços menos voláteis. Apesar das perspectivas de melhoria e aumento na produção, o reporte cita que o gigante asiático ainda vai seguir importante a proteína, mesmo que em volumes menores.

As políticas governamentais continuarão sendo a principal força motriz para o desenvolvimento e direção da indústria, o que deve mostrar de fato as prioridades do governo chinês. A indústria também está mais consolidada que nos ciclos anteriores, e as principais empresas agrícolas aumentaram sua participação de mercado, ajudando a suavizar a volatilidade do ciclo.

Um dos pontos importantes citados pelo relatório é a questão da melhoria genética na criação de suínos para incrementar a produtividade e qualidade dos animais, além da implantação de tecnologias e robôs no processo para reduzir custos.

Alcançar a sustentabilidade na China requer equilibrar a segurança alimentar e a proteção ambiental, segundo o Rabobank. Grandes áreas de terra para a produção animal serão cada vez mais difíceis de encontrar, além das exigências governamentais em relação aos passivos ambientais gerados a partir da suinocultura, consumo de água, entre outros fatores que serão olhados mais de perto pelos chineses.

Os consumidores, por sua vez, estão se tornando mais segmentados e sofisticados; o crescimento do valor é cada vez mais importante como resultado, pontua o banco. Apesar de uma economia “mais lenta” fazer com que o consumidor fique mais atento em como gasta seu dinheiro, neste caso o chinês não abrirá mão da qualidade e conveniência, como produtos prontos ou semi-prontos, o que deve dar um impulso na indústria de processados.

Fonte: Notícias Agrícolas + Rabobank