Lideranças no setor relatam quedas acentuadas e piora na relação de troca com insumos

Nesta quinta-feira (18) as principais Bolsas de Suínos que comercializam os animais na modalidade independente registraram quedas, que vêm se acumulando desde o início do mês. Lideranaçs do setor apontam o “efeito janeiro”, sazonalidade em que as vendas são mais lentas, como um dos fatores, e detalham a piora no poder de compra de insumos, como o milho, por exemplo.

Em São Paulo o preço teve queda, saindo de R$ 6,93/kg vivo para R$ 6,40/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).

“Mercado baixista. Se nós olharmos o preço do início do ano de R$ 136,00 a arroba contra R$ 120,00 agora, ocorreu nestes primeiros 18 dias de janeiro uma queda aproximada de 12% no preço do suíno. O preço do suíno abatido no mercado paulista também têm sofrido quedas acentuadas, sinalizando para um valor entre R$ 8,70 a R$ 8,80, no máximo R$ 9,00 o quilo. Com isso a relação de troca para o produtor de suínos fica mais deficitária. Hoje a relação de troca com o milho é uma arroba suína podendo comprar 1,8 saca de milho, quando o ideal é 2,5 sacas.”, disse o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, aqpontando que o preço do animal vivo acompanha a queda da carcaça.

No mercado mineiro, o valor passou de R$ 7,00/kg vivo para R$ 6,70/kg vivo, sem acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).

“Mercado de carnes nesse momento está confuso. Há concorrência acirrada originada fora de Minas Gerais mas com reflexos automáticos dentro do nosso estado”, disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.

Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve queda, saindo de R$ 6,25/kg vivo para R$ 6,03/kg vivo nesta semana.

“Infelizmente tivemos mais uma baixa. Isso é a síndrome de janeiro. Historicamente os preços caem, por mais que não seja do agrado de nenhum produtor, até porque 2022 e 2023 foram anos difíceis. Vemos também que as indústrias e cooperativas também baixaram o preço base pago aos integrados e cooperados. É preocupante porque quando analisamos de 21 de dezembro quando a Bolsa fechou a R$ 6,81/kg vivo e agora em 18 de janeiro a R$ 6,03, é uma queda de 13%, muito brusca e que assusta o mercado. Vínhamos com um peso maior sendo comercializado, agora diminuiu o peso e o número de animais comercializados”, destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.

No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 11/01/2024 a 17/01/2024), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 22,86%, fechando a semana em R$ 5,01/kg vivo.

Por: Letícia Guimarães

Fonte: Notícias Agrícolas

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