O dólar abriu esta terça-feira em alta frente ao real, conforme os rendimentos dos títulos dos Estados Unidos avançavam em meio a temores sobre as perspectivas de juros, enquanto o investidor doméstico digeria a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e a leitura de setembro do IPCA-15.

Às 9:06 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,18%, a 4,9760 reais na venda.

Na B3, às 9:06 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,09%, a 4,9765 reais.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9669 reais na venda, em alta de 0,69%.

O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 16.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de novembro de 2023.

O dólar operava sem direção clara frente ao real na manhã desta terça-feira, com a alta dos rendimentos dos títulos dos Estados Unidos, em meio a temores sobre as perspectivas de juros, compensando a ata mais dura da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

Às 10:20 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,05%, a 4,9695 reais na venda.

Na B3, às 10:20 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,05%, a 4,9695 reais.

A moeda norte-americana mostrou alguma instabilidade ao longo das primeiras negociações, alternando leves altas e baixas, ora acompanhando o movimento externo de valorização do dólar, ora refletindo o reforço das expectativas de que o BC não acelerará o ritmo de cortes de juros.

Comentários de um presidente regional do Federal Reserve ajudaram a impulsionar o rendimento do Treasury de dez anos –o título de referência dos EUA que define o tom dos custos de empréstimos em todo o mundo– para o nível mais alto desde 2007 nesta terça-feira.

Isso, por sua vez, impulsionou o apelo do dólar, levando o índice da divisa norte-americana para o maior nível desde o final de novembro de 2022, movimento que contaminou os mercados globais.

No Brasil, o IBGE informou nesta terça-feira que o IPCA-15 acelerou a alta em setembro, no mesmo dia em que o Banco Central disse na ata de sua última reunião que é necessária uma “atuação firme” para reduzir as expectativas de inflação.

“A instituição fechou, mais uma vez, de vez, a porta para ajustes mais intensos nos cortes da Selic até o final do ano e, quiçá, até o início do ano que vem”, disse Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital. “A forma como essa ata foi desenhada, ela afasta de vez qualquer possibilidade de movimentos positivos, de surpresas positivas que poderiam levar essa condição da política monetária para um afrouxamento mais significativo do que nós vemos nesse momento.”

Num geral, indicações de uma postura mais rígida por parte do BC na condução da política monetária –ainda que num momento de afrouxamento dos juros– costumam beneficiar o real.

“Acabam trazendo a expectativa de que o diferencial de taxa de juros no Brasil vai se manter mais favorável em relação às demais economias, o que contribuiria para a atração de investimentos financeiros para o país e ajudaria no fluxo de divisas”, explicou Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.

Muitos participantes no mercado têm pontuado que, se o Copom continuar cortando os juros no ritmo atual, a Selic –atualmente em 12,75%, após dois cortes de 0,50 ponto percentual– ainda continuará em patamar suficientemente restritivo para apoiar a moeda local por um bom tempo.

Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9669 reais na venda, em alta de 0,69%.

Fonte: Reuters

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