O Estado é o primeiro do Brasil a entrar no período em que não se pode semear ou manter plantas vivas de soja no campo. Dura no mínimo 60 dias. A partir do dia 15 de junho, a medida se estende para outros cinco Estados brasileiros: Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia. Segundo informou a Embrapa, em nota, no Brasil 13 Estados e o Distrito Federal adotam o vazio sanitário.

A medida busca reduzir a sobrevivência do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem asiática da soja, durante a entressafra e, assim, atrasar a ocorrência da doença na safra. De acordo com a pesquisadora Claudine Seixas, da Embrapa Soja, o fungo precisa da planta viva de soja para se desenvolver e se multiplicar.

“Por isso, é importante que o produtor elimine as plantas de soja guaxa ou voluntária (plantas de soja que nascem espontaneamente) na entressafra para interromper o ciclo de multiplicação do fungo e reduzir a quantidade de esporos presentes no ambiente, retardando o surgimento da doença na safra”, disse Claudine, na nota.

O Consórcio Antiferrugem contabilizou 212 casos de ferrugem na safra 2019/20, sendo a maior parte no Paraná (71) e em Mato Grosso do Sul (37). O controle da ferrugem asiática da soja tem custo médio de US$ 2,8 bilhões por safra, segundo a Embrapa.


Fonte: Estadão Conteúdo